segunda-feira, 13 de julho de 2009

O "Santo" forte de Luxemburgo, um Flu pífio e Willians, o "Guiñazú" negro do Fla

Como estão raras as postagens, volto a colocar um bom texto. Desta vez relacionado a última rodada do campeonato.

O Vitória faz, novamente, excelente começo de Brasileirão. E o técnico Paulo César Carpegiani aproveita bem a chance de reaparecer no cenário nacional com um belo trabalho. Tanto que humilhou o Santos no Barradão. Foi 6 a 2, com quatro gols em apenas 28 minutos. O sempre informadíssimo Paulo Vinícius Coelho já deixou claro no início do Bate-Bola de domingo pela ESPN Brasil que se Vágner Mancini for demitido o nome mais forte na Vila Belmiro é o de Muricy Ramalho. Mas não podemos ignorar Vanderlei Luxemburgo, habitualmente muito bem recebido na Baixada Santista e com uma, digamos, boa capacidade de articular. Sem contar o seu, digamos, "santo" forte.

Quando Carlos Alberto Parreira voltou ao Fluminense este blog questionou: ele ainda é um técnico ou apenas uma grife? Desde 2002, pelo Corinthians, quando ganhou a Copa do Brasil e foi vice do Brasileirão, o treinador campeão do mundo pela seleção em 1994 não faz um trabalho digno de registro. E continua devendo nas Laranjeiras. O que é esse time do Fluminense, capaz de ser atropelado por uma equipe corintiana de ressaca por uma conquista e que quatro dias depois perde, no Rio, para o Santo André? Talvez o "santo" de Luxemburgo seja mais forte do que se imagina.

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Duas conclusões que podemos tirar da vitória do Grêmio sobre o Corinthians. Primeiro que o campeão da Copa do Brasil é um dos melhores times do momento e virtual candidato à luta pelo título nacional, mas não "sobra" na turma, nada disso. A segunda: o Grêmio nunca pode ser ignorado. Se triunfar no domingo que vem, quando disputará o primeiro Gre-Nal do ano no Olímpico, ganhará força para brigar pelas primeiras posições.

Líder novamente, o Atlético Mineiro fez sua parte. Não seria possível admitir outro resultado diante de um Cruzeiro reserva, time que perdeu para o Goiás e antes venceu o Avaí sem merecer. Valeu a volta à liderança do campeonato nesse bom trabalho (mais um) de Celso Roth.

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O Atlético perdeu feio para o Grêmio no estádio Olímpico, mas não esqueçamos que o campeão paranaense bateu o Corinthians (com os reservas, é verdade) e agora o Internacional, ambos na Arena da Baixada, onde já havia caído diante do Vitória e para do... Náutico! Fica evidente que Waldemar Lemos consegue, no momento, tirar mais do elenco do que Geninho, se antecessor. Um técnico campeão do Brasil pelo próprio Furacão, em 2001, e outro ainda muito questionado. E uma boa diferença entre os dois. Algo para pensar... Sobre o Inter, derrotado, seria obra do "santo" de Luxemburgo ou do de Muricy?

No jogo do Morumbi, além dos pênaltis inexistentes marcados pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro (que pelo menos acertou ao não assinalar o que Washington cavou, pra variar, no finalzinho), chamou a atenção a vitalidade de Willians. Não seja uma novidade, mas desta vez, o volante do Flamengo impressionou.
Foram 19 desarmes certos, 10 no primeiro tempo, ou 45% das 42 vezes em que o time rubro-negro recuperou a bola. E ele ainda acertou 50 passes contra 42 de Leonardo Moura e 34 de Miranda, os três mais eficientes no fundamento. Como referência, vale citar que o time inteiro do São Paulo fez 16 desarmes corretos.
Willians parece um "Guiñazú" negro no Flamengo. Extremamente regular na execução de tarefa importantíssima no futebol de hoje. O jogo é marcado, brigado, faltam espaços, e quem sabe recuperar a bola sem cometer faltas vale muito. É o cara que faz o serviço "sujo" para que outros levem a pelota ao gol adversário.
É verdade que o pênalti que gerou o empate do São Paulo foi cometido pelo ex-jogador do Santo André. Contudo, a falta de Willians em Miranda foi na meia-lua, portanto, fora da área. E ele ainda levou cartão amarelo. Erro e exagero da arbitragem. Claro que não basta ter Guiñazús, Willians e Pierres. Mas eles são importantíssimos. Você concorda?

Ladrões de bola*:
Pierre (Palmeiras) 58 roubadas - 7,25 por jogo, 92,1%
WILLIANS (Flamengo) 54 roubadas - 6,00 por jogo, 80,6%
Márcio Careca (Barueri) - 44 roubadas - 4,40 por jogo, 83%

* os três melhores nos desarmes corretos
Fonte: Footstats

Txt: Mauro Cezar Pereira – ESPN Brasil

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